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Eu li mulheres



Olá, lindos e lindas!

O post de hoje não é resenha, cheguei à pagina 100, entrevista, nem dica de livro. Ele é, antes de qualquer coisa, um agradecimento. Não é destinado a pessoas especificas, mas desejo que todas as mulheres, escritoras ou não, saibam que foram importantes para a conclusão do projeto.

“Eu Leio Mulheres”: um projeto que visava valorizar e conhecer a literatura feminina. Além disso tudo, me permitiu conhecer a mim e me apaixonar por diversas autoras. Eu reconheço que tiveram poucas resenhas, até porque eu tenho certo medo no que diz respeito a resenhar livros clássicos e optei por não fazê-lo.

Alguns dos livros lidos me apresentaram autoras, como eu já havia mencionado, e eu procurei outras obras das mesmas. Algumas entrevistas me permitiram conhecer mais afundo o lado humano das autoras e, eu não poderia deixar de mencionar, permitiu que eu descobrisse que vários livros que eu já li ou pensei em ler são de mulheres. Um dado muito interessante: pelos meus cálculos, bem mais da metade dos meus livros são escritos por elas e foi ótimo saber disso.

É incalculável o quanto eu cresci durante este um mês, e a todos que ainda se perguntam se devem fazê-lo: eu o recomendo a todos que querem explorar mais um tipo de literatura que merece e deve ser valorizada. Recomendo também, a quem tem preconceito com a literatura nacional (temos mulheres incríveis!), mas sem deixar de lado a estrangeira. A quem ainda não teve despertado seu gosto pela leitura, eu considero um ótimo primeiro passo e fica aqui o meu convite.

Meu meu muito obrigada à cada autora (lida ou entrevistada) a quem me apoiou e até quem criticou: me mostraram que eu estou no caminho certo ♥

E você, lê mulheres?


Você já foi à Krosvia? #EuLeioMulheres


Titulo: Simplesmente Ana
Autora: Marina Carvalho
Ano: 2013 / Páginas: 304 
Editora: Novas Páginas
Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha. Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex. Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro. A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam. Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta. [skoob]
Minha ultima viagem literária foi para um país que fica lá na Europa, e antes que surja duvidas a respeito: dizem os leigos, que não existe. Mas eu vivi muita coisa nele, viu?

Pra quem gosta de romances, este é um prato cheio. Afinal, se tirarmos umas trinta páginas -algumas a mais, algumas a menos -é exatamente isso que sobra: muito romance, do tipo clichê que deveria ser adaptado pro cinema, para a felicidade de quem gosta de "filmes de amor que te fazem quase entrar em depressão por saber que algo assim não vai acontecer você" (se bem que as pessoas costumam assistir pra ter certeza disso).

O lado do romance teve duas faces distintas, pelo menos pra mim. Por uma, vemos uma mulher apaixonada e que rende quotes lindos. Por outra, perdemos a parte da adaptação dela no país, que ocorre estranhamente rápida. Seu foco é muito mais afirmar que odeia Alex o que todo mundo sabe que não, queridinha. e o resto flui. Ok, boa parte das pessoas falam inglês e ela foi super bem recebida, mas eu não consigo achar que a cultura seja idêntica à nossa e que no segundo dia uma pessoa já está completamente adaptada. Simplesmente não consigo.

Lembra-se que eu disse que umas trinta páginas não tinham muito romance (porque ainda sim ela estava pensando e/ou interagindo com ele)? Nela vemos uma Ana mais sensata e jovem. Sua relação com Estela, sua melhor amiga, deu um pouco de luz na história e fez com que acontecesse a parte da identificação, que eu gosto muito em livros. É inegável que a relação das duas me lembra pessoas reais, e acabou sendo o que deixou a história mais tangível. Não posso deixar de mencionar também, que ela é muito carinhosa com sua mãe e avó, estas extremamente cativantes e eu espero poder ver mais no próximo livro.

Da metade do livro pra frente, a história se torna muito mais interessante, pois somos apresentados a uma Ana que tem vontade de ajudar o próximo e que se voluntaria para ler para crianças. Ponto para a Princesa! Eu tenho certa recusa pra um "romance muito romance", então foi onde eu me interessei realmente pela história.

Como a narradora é um pouco ingenua, ficamos querendo dar alguns leves tapas na cara dela, mas lembramos que somos iguaizinhos à ela, na maioria das vezes. O livro é narrado em primeira pessoa e exatamente por isso é engraçado e dinâmico. Alguns pensamentos da personagem sobre Alex são um tanto cômicos, mas de tão reais meus pensamentos eram mais como "você não disse isso!"

Os títulos inspirados em musicas nacionais e as referencias à lugares de BH, foram outro ponto forte. Como não amar a personagem pisar em um lugar que você também pisou? Além de tudo, Ana honra teu sangue mineiro e faz pão de queijo para todo o castelo conhecer um pouquinho de seu país/estado natal. Me julguem, mas eu faria o mesmo, até porque, eu amo pão de queijo.

A capa é incrível e o céu que ocupa sua maior parte é só mais um dos encantos com que você vai se deparar nesta intensa história de amor. Com lugares, pessoas e sentimentos dos mais lindos, Simplesmente Ana e Krósvia (sim, o país) são convites a reacreditar no amor, mesmo que só por uma tarde -meu tempo de leitura.

Conheça a autora: Facebook | Twitter | Instagram | Youtube | email


[Sobre Nacionais] Entrevista: Nina Reis

A escritora (do wattpad e já publicada) Nina Reis nos concedeu uma entrevista extremamente cativante e sincera. Vamos conhece-la?

As orelhas de livro que me perdoem, mas não há ninguém melhor que você para te apresentar. Conte-nos um pouco sobre a autora e mulher por trás de seus livros. O que te inspira, diverte e move?
Meu nome é Nina Reis, tenho 42 anos, sou casada há 16 anos e tenho um filho de doze anos. Trabalho em uma empresa de telecomunicações e também sou escritora. 
O que me inspira: a vida, o amor, histórias de superação, a capacidade do ser humano de transcender suas dores, dificuldades, condição social e física, e encantar o mundo com seu exemplo. 
O que me diverte: Adoro rir com a família e amigos, passeios, assistir comédias românticas, e claro, ler! 
O que me move: Deus e minha família. 

Como você percebeu que se tornaria escritora?
Nossa, que pergunta difícil!!!! rsrsrsrsrsrs
Eu percebi que gostava de imaginar histórias e colocá-las em um papel, no início da adolescência. Já na fase adulta, percebei que poderia escrever uma história mais complexa, contextualizando-a dentro da realidade em que vivemos. 
Percebi, realmente, que me tornaria uma escritora, quando comecei a escrever o livro Em Teus Braços, Série Santuário, livro 3. Foi somente há três anos que percebi que isso, de fato, estava acontecendo na minha vida. 

Como é ser escritora no Brasil?
Existem dificuldades, mas ser escritora no Brasil, no momento atual, é bem melhor que há vinte anos.
O leitor brasileiro está redescobrindo o prazer de ler autores nacionais, e isso é fantástico. Ainda temos uma longa estrada a percorrer, mas o que tenho visto tem me deixado bastante animada. 
Tanto em grandes editoras, como em livrarias, temos visto uma maior aceitação dos livros nacionais. Estamos no caminho certo, mas precisamos continuar caminhando. 

Quais suas maiores influências? Acha que elas mudaram muito desde os primeiros escritos?
A escrita da Zélia Gattai me deixou fascinada! Sou fã da Nora Roberts, admiro a capacidade dela de escrever, narrando histórias em ambientes e realidades diferentes. Sandra Brown e Linda Howard são mais algumas das mulheres escritoras que admiro. 
Acho que, na verdade, me encontrei, me tornei mais centrada ao longo da jornada de escritora. 

O que você mais admira em seus personagens e o que acha mais importante para suas construções?
Adorei essa pergunta!!!!
O que mais admiro em meus personagens são: a lealdade, os ideais, a solidariedade, a força de caráter e o senso de justiça. São homens e mulheres fortes que assumem os riscos de suas escolhas. Sou apaixonada por cada um deles, rsrsrsrsrs. 
O mais importante para minhas construções: Não me imagino criando personagens que não tenham ideais.

O que você anda lendo? Tem alguma sugestão para os participantes do Eu Leio Mulheres?
Minha sugestão são autoras nacionais: Sue Hecker, Shirlei Ramos, Carina Rissi, Vanessa Bosso, Nana Pauvolih, M. S. Fayes e por aí vai... 
O que não falta são talentos femininos em nossa literatura. 

Ainda sobre isso, quais os livros que mais te marcaram e você acha que todos deveriam ler ao menos uma vez?
Nossa!!! Vamos lá! 
Amei ler Um Chapéu para Viagem, da Zélia Gattai. 
Os livros da Marion Zimmer Bradley marcaram minha adolescência e início da fase adulta: A queda de Atlântida, O Incêndio de Tróia e Brumas de Avalon. 
Charlotte Featherstone tem dois livros que me marcaram muito também. 
E claro, Emily Brontë e o inesquecível O Morro dos Ventos Uivantes. 

Atualmente, está escrevendo algum próximo livro?
Estou escrevendo e postando nas plataformas Wattpad e Widbook  o livro 3.5 da Série Santuário, chama-se: Prefácio de um Amor. 

Como podemos ter acesso aos que já foram publicados?
Tenho histórias publicadas à venda no Amazon: 

Série Santuário 
- A História de Nós Dois: http://www.amazon.com.br/dp/B00K0SHPP0   
- Outra Vez Você: http://www.amazon.com.br/dp/B00K5SNYMI   
- Em Teus Braços: http://www.amazon.com.br/dp/B00KHCEPAW   

Noventa Segundos (Conto para o Brasil em Prosa): http://www.amazon.com.br/dp/B012DID0K8

Meu Destino é Você
Livro Físico: http://www.livrostdl.com.br/produto.php?cod_produto=8344529 
E-book Amazon: http://www.amazon.com.br/dp/B00YK70NOM  

Além dos citados acima, tenho os contos Uma Flor no Meu Caminho e Um amor de Secretária postados nas plataformas Wattpad e no Widbook. 
Estou escrevendo e postando nas plataformas a história 3.5, da Série Santuário, chamada Prefácio de um amor. 

- Link do Wattpad: https://www.wattpad.com/user/NinaReis  
- Link do Widbook: https://www.widbook.com/profile/nina-reis 

Agradeço a oportunidade e o espaço para falar sobre o meu trabalho e personagens e o carinhoso convite para participar de um projeto tão inspirador. Beijos. [Nós é que agradecemos, Nina! Muito obrigada pela atenção e carinho. ♥]

[Sobre Nacionais] Entrevista: Marcela Campbell

p      Psicologa, fundadora de projetos incriveis e escritora. Vamos descobrir um pouco mais sobre Marcela Campbell?

·         As orelhas de livro que me perdoem, mas não há ninguém melhor que você para te apresentar. Conte-nos um pouco sobre a autora e mulher por trás de seus livros. O que te inspira, diverte e move?

Meu nome é Marcela Campbell, sou de 1994, estudante de psicologia e que considera seu coração como um “coração de antropóloga”. Hahaha. Eu também sou escritora, publiquei Aprendendo em Seis em 2014 e estou muito animada com essa minha nova jornada! Preciso admitir que sou pisciana, muito supersticiosa, acredito mesmo em signo e me vejo bem parecida ao meu! Além disso, tenho mania de beijar o relógio e fazer um pedido em horas iguais aos minutos ou quando está em ordem crescente, por exemplo: 12:34! Além disso, sou muito apaixonada pela área da educação, tanto que tenho dois projetos de combate à violência escolar e acolhimento dos jovens, Projeto Violeta: Aprendendo em Seis, da literatura à realidade, jovens, escola e sociedade e Projeto Broto; formando Violetas.  [comentário da blogueira: os projetos são muito interessantes, recomendo à todos passarem mesmo que rapidamente no blog da autora e conferir.]


Sou bem apaixonada por tudo o que faço, apaixonada pelo o que estudo, pelo que escrevo, pelos colégios, pela antropologia, pelas áreas de humanas. Sou muito sonhadora, brinco dizendo que sonho umas 12 horas por dia e nas outras 12 horas, estou correndo atrás dos meus sonhos. Hahahaha. Sou apaixonada pelos meus amigos, pela minha família, pela vida em geral, o que torna a correria do dia a dia bem mais fácil e bem mais leve! E, principalmente, amo/vivo/sou/respiro pessoas! Sou muito apaixonada por pessoas! Hahahaha. Acho que isso tudo é o que me move, o que me diverte e o que me inspira!

Como você percebeu que se tornaria escritora?
Sinceramente, só percebi quando estava na noite de lançamento de Aprendendo em Seis. Antes disso, eu jamais imaginaria que seria escritora ou pensaria nessa carreira! Não posso dizer que a escrita me escolheu, foi algo em conjunto, eu a escolhi na mesma época em que ela me escolheu e acho que fizemos um ótimo par! Eu amo escrever, sempre amei ler e essa nova aventura está sendo muito divertida para mim!

Como é ser escritora no Brasil?
É uma profissão que tem que se empenhar bastante, como tudo na vida! Falarei pela minha humilde experiência: o maior problema sou eu! Admito ter uma dificuldade enorme em ver o livro como uma mercadoria e vender! Eu sou meu maior obstáculo e estou mudando isso lentamente em mim, acho que nunca verei Aprendendo em Seis como uma mercadoria, mas estou dando pequenos passos, mudando algumas crenças e caminhando!

Ser escritor, como viver de qualquer outra arte, é muito difícil! Pode ser bem instável no início, no entanto, sempre acreditei que se você se empenhar bastante, seus sonhos podem se realizar e se você quiser, pode viver da escrita, sim! Nós vivemos em um país em que muita gente quer ler e muita gente só precisa de um estímulo! Então, provavelmente terá leitores.

Também é uma carreira que precisa que você dê tudo de si; seu tempo, seu dinheiro, suas energias! Mas, no final, vale muito a pena!

Quais suas maiores influências? Acha que elas mudaram muito desde os primeiros escritos?
Minha escritora favorita é a Sophie Kinsella. Eu comecei a lê-la desde pequena e é engraçado que nossos gêneros são bem diferentes! Acredito que a Sophie é muito boa no que faz! Ela tem uma escrita maravilhosa e super fluída, acho que vejo isso desde os primeiros livros! E acredito que tenha ficado mais engraçada com o tempo!

Eu também gosto muito da Meg Cabot, que me acompanhou por muito tempo! Ela pode escrever sobre vários assuntos, mas sempre acho que deixa algum rastro ou alguma característica sua em seus livros! Tanto ela como a Sophie, eu já li tanto que só pela sinopse já sei o que vai acontecer ao longo do livro! Mas, mesmo assim, me surpreendo e me encanto a cada página!

Eu também amo a Charlotte Brontë e Jane Austen, adoro entrar em uma cultura completamente diferente da minha e ao mesmo tempo tão parecida!

Acredito que todas essas escritoras que citei até agora mudaram seus escritos! Porém, assim como a Meg Cabot, todas deixam algo que é a sua marca e que a façam ser reconhecidas em qualquer lugar e a qualquer momento!

O que você mais admira em seus personagens e o que acha mais importante para suas construções?
Eu amo que meus personagens são bem humanos. Eles possuem habilidades e competências para enfrentar o mundo! Tem alguns problemas que os rondam e alguns defeitos também, afinal, são humanos. Mas eles possuem muitas qualidades e me encanta a maneira como muitas pessoas se identificam com eles em algum momento! Eu acredito que a literatura é uma voz escrita, e eu amo quando as pessoas se sentem tocadas!

Meus personagens são reais, eles podem ser você, um/uma conhecido/conhecida, um/uma amigo/amiga íntimo/íntima, seu parceiro/sua parceira! E, ao mesmo tempo, meus personagens são meus personagens! Na verdade, não gosto nem de falar “meus personagens”, porque sempre me refiro a eles como pessoas reais e responsáveis por tudo o que acontece na história!

Amo a realidade deles, a maneira como veem um mundo, amo que são frágeis e fortes ao mesmo tempo! Amo essa realidade que eles passam, esse conforto, essa humanidade.

O que você anda lendo? Tem alguma sugestão para os participantes do Eu Leio Mulheres?

Ultimamente tenho lido muitas biografias! Nesse mês, pelo projeto “Eu Leio Mulheres”, já li “Eu sou Malala” e “Depois de Auchwitz”. Depois vou ler os novos da Sophie Kinsella, que pretendo conhecer na Bienal!
Super recomendo o livro da Malala e da Eva Schloss (Depois de Auchwitz), não são livros fáceis, mas são livros que te acrescentam muito! Bem, não vou falar mais porque vou continuar na próxima pergunta!

Ainda sobre isso, quais os livros que mais te marcaram e você acha que todos deveriam ler ao menos uma vez?
Acredito que “Eu sou Malala” é um livro maravilhoso que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida! Primeiro porque ele quebra muitos estereótipos sobre sua cultura, depois, porque sua família é incrível e entender o mundo e a luta de Malala é inspirador. Como já disse, eu AMO essa área da educação e acredito que esse livro me deu forças para continuar lutando pelos direitos das crianças e dos adolescentes de nosso país e do mundo. Em nosso país, a educação é um direito e que muitos ainda não têm. Além disso, uma reforma é realmente necessária e a Malala fala de todas essas questões em um ponto de vista completamente diferente! É incrível! Não só por ela, mas por sua família também, que foi e acredito que ainda deva ser uma rede sólida em sua vida e que a ajudou e a inspirou tanto!

Acredito que todo mundo devesse ler Mary Poppins, preciso admitir, esses clássicos são meus favoritos! Amo Mary Poppins, Peter Pan, O corcunda de Notre Dame, mas, focarei em Mary Poppins! É um livro lindo! Escrito pela P.L.Travers, e que tem uma construção dos personagens linda, uma mensagem linda e eu chorei! Hahhahaa.

Outro livro também que sou apaixonada é o “A Resposta” da Kathryn Stockett, que os personagens são incríveis e você se apega em um piscar de olhos. E acho bem inspirador também.

E se você tiver coragem, leia também Depois de Auschwitz. É um livro emocionante e que precisei interrompei a leitura várias vezes por conta do conteúdo ser pesado. É legal conhecer a história de uma pessoa e ver como ela superou questões importantes em sua vida! Eu fiquei muito apegada a Eva e a sua mãe! E, no final, seu coração fica bem remexido.

Bom, acho que vou interromper por aqui! Hahahaha.

Atualmente, está escrevendo algum próximo livro?
Estou escrevendo sim, mas não comento muito sobre meus novos projetos!

Como podemos ter acesso aos que já foram publicados?
Você pode comprar o ebook na Amazon, na folha de São Paulo e na Travessa também! O físico pode ser adquirido pelas vendas através dos sites da livraria Cultura, da Schoba, Travessa e Martins Fontes! E também pode me procurar, tanto no site: www.marcelacampbell.com.br, quanto na página Aprendendo em Seis, no facebook, no instagram: @maahcampbell e @aprendendoem6 e no twitter: @maahcampbell!

Vou deixar a sinopse, só para vocês conhecerem um pouco!

Muito obrigada por essa oportunidade e parabéns pela sua iniciativa! Obrigada a todos que leram a entrevista e espero que a gente se esbarre por aí!

Aprendendo em Seis conta a história de seis jovens da hierarquia carioca que ficam na detenção por exatas seis semanas em um dos melhores colégios da cidade do Rio.
Abordando assuntos comuns nessa fase da vida pessoal e escolar, a narrativa passeia por temas já conhecidos, como o bullying, mas prezando os sentimentos daqueles que o sofrem. Também fala sobre o culto ao físico, a compulsão alimentar, a competitividade, a dificuldade de ser aceito pela sociedade e por si mesmo. Além disso, levanta questões acerca de preconceitos, rótulos e problemas familiares.
Apesar de todos terem suas próprias histórias, os seis encontraram na detenção uma maneira de atravessar todas essas dificuldades. Ali podem ser eles mesmos, sem máscaras nem mentiras, e entendem que, juntos, podem enfrentar o mundo.


Sobre Nacionais: Adriana Igrejas #EuLeioMulheres

Eu sei que hoje é dia de Dica de Livro, mas eu estou cheia de coisas da escola esses dias (e ainda inventam de ter provão), e como já estava com a entrevista pronta resolvi vir compartilhar com vocês. Peço desculpas pela ausência e quero convida-los a conhecer Adriana Igrejas, autora de A Babá Gótica.

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As orelhas de livro que me perdoem, mas não há ninguém melhor que você para te apresentar. Conte-nos um pouco sobre a autora e mulher por trás de seus livros. O que te inspira, diverte e move?
Sou uma mulher comum, esposa, mãe, dona de casa e professora. Só que gosto de escrever e me tornei escritora no momento em que meus textos começaram a ser publicados. Minha inspiração vem de tudo e de todos. Qualquer coisa serve. A paixão por consumir e produzir boas histórias e pela linguagem me movem e me divertem.

Como você percebeu que se tornaria escritora?
Quando ainda na infância comecei a escrever e ver que era uma atividade que me dava imenso prazer.

Como é ser escritora no Brasil?
Difícil. Poucas editoras investem nos autores. E ainda é quase impossível viver da venda de livros para um autor. Ele sempre acaba tendo que fazer outras coisas, o que acaba também limitando o seu tempo para escrever.

Quais suas maiores influências? Acha que elas mudaram muito desde os primeiros escritos?
Quando comecei a escrever na infância e adolescência, o que lia eram infanto-juvenis. Logo me deparei com os clássicos e atualmente é inegável que carrego Machado e José de Alencar nos coração. Mas os escritos modernos, sem muitas predileções, mostraram-me a versatilidade que um texto pode ter.

O que você mais admira em seus personagens e o que acha mais importante para suas construções?
Acho que apesar de totalmente fictícios e, em boa medida, pessoas extraordinárias, consigo fazê-los parecerem reais e essa sensação de realidade os aproxima do leitor. O que acho mais importante em minhas construções é que o texto fica enxuto, moderno, mas gramaticalmente correto, original e divertido.

O que você anda lendo? Tem alguma sugestão para os participantes do Eu Leio Mulheres?
Atualmente estou lendo livros infanto-juvenis por conta de um trabalho que realizo em escolas. Mas tenho uma ótima sugestão para o Eu leio Mulheres. Descobri na biblioteca de minha escola um livro que é um achado: “O clube do salto” de Sandrine Pereira. A história é linda e parece tão real que nos encanta e é impossível não se identificar.

Ainda sobre isso, quais os livros que mais te marcaram e você acha que todos deveriam ler ao menos uma vez?
Senhora, de José de Alencar; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis; O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë; A menina que roubava livros, de Markus Suzak; A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo; Grande Sertões veredas, de João Guimarães Rosa; Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro; O Quinze, de Rachel de Queiroz; Vidas Secas, de Graciliano Ramos; O feijão e o sonho, de Orígenes Lessa... Bem, são tantos. Esses com certeza me marcaram.

Atualmente, está escrevendo algum próximo livro?
Sim. Estou escrevendo um romance de aventura.

Como podemos ter acesso aos que já foram publicados?
- “A fórmula da vida (A escolha de Catarina)” está na Amazon em formato kindle, livro físico pela lojinha virtual da Editora Letra Capital http://www.letracapital.com.br/loja/literatura/75-a-formula-da-vida.html, na Livraria “Café com Letras” em Nilópolis, ou diretamente com a autora.

- Um apartamento com vista para o mar e outras histórias, pela Amazon ou livro físico diretamente com a autora, ou na Livraria Café com Letras.

- A babá gótica, apenas livro físico. Pela Saraiva online, pela loja virtual da editora “Evolução Publicações”, com a autora ou nas melhores livrarias (especialmente Cultura, Saraiva e Fnac, nas que ainda não têm, ainda deve chegar).

Resenha: A História de Clarice, de Anna Claudia Ramos #EuLeioMulheres

Bom dia/tarde/noite lindos e lindas! Antes de começar a resenha, quero dar um aviso: eu havia mencionado que iria postar todos os dias, mas cheguei à conclusão que esse método não "funciona" pra mim. Eu tenho alguns posts praticamente prontos, mas o dia que eu tiro pra refletir a postagem e fazer algumas alterações antes de ir ao ar é importante pra mim. Portanto, desconsiderem o aviso do outro post.

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Agora sim, podemos começar.

Neste post eu comentei que a obra de Lygia Bojunga influenciou a escrita de algumas autoras e cheguei a mencionar uma, a Anna Claudia Ramos. Achei valido ler o livro que [a própria autora diz ser] é uma homenagem para A Bolsa Amarela e mais duas histórias.


A História de Clarice conta a história de uma menina de 10 anos que tinha um meio irmão, não tinha pai e tinha uma mãe que abandona os filhos. Esse é apenas o início da história da pequena Clarice, uma narrativa para jovens leitores que se constrói através de bem armada trama intertextual. No cruzamento com outros 3 textos literários (A vendedora de fósforos e O soldadinho de chumbo, de Hans Christian Andersen e A bolsa amarela, de Lygia Bojunga) que se apresentam como leituras à protagonista que não conheceu o amor materno, Clarice simbolicamente vai resolvendo seus conflitos. O texto é também uma declaração de amor da escritora Anna Claudia à literatura e à obra de Lygia Bojunga, sua assumida fonte de inspiração. 
Ano: 2011
Páginas: 64
Idioma: português 
Editora: Editora Projeto
Autora: Anna Claudia Ramos


Os reflexos que vemos d'A Bolsa Amarela são claros: além de o livro ser de grande importância pra o clímax da história, nos deparamos com uma menina cheia de vontades.

Com uma carga emocional muito grande e metade das páginas do já conhecido A Bolsa Amarela, nos deparamos com uma menina que vê o mundo com um pouco menos de magia. Nós nos acostumamos com mães amando seus filhos, e quando nos deparamos com uma incapaz de faze-lo, como no caso da mãe de Clarice, temos uma realidade jogada em nosso rosto que nos obriga a admitir sua existência.

Depois de perder a mãe, Clarice e o irmão vão morar com sua tia Luciana, com quem mantinham pouco contato. Começando deste dia, Clarice pretende não falar mais com ninguém, pois já está cansada de amar as pessoas e elas a deixarem. É a partir da literatura e uma ideia inspirada na Raquel que ela se reconecta com o mundo, descobre coisas sobre si mesma e estabelece uma relação muito sincera e carinhosa com sua tia. A relação das duas e o encontro de gerações que A Bolsa Amarela proporcionou apresenta à menina a sensação de ser amada.

Muitas pessoas, e eu me incluo, dizem que narradores-personagem podem não ser confiáveis, mas desta vez ele nos trás uma visão mais ampla da história. Isto porque a narração é intercalada com os pensamentos da menina: o livro em si é narrado em terceira pessoa, com alguns parágrafos dedicados aos pensamentos de Clarice. Eu achei a ideia fantástica e contribuiu muito pra construir nossa visão da personagem, de quem a tristeza e inseguranças poderiam não aparecer na proporção correta, já que ela não falava com ninguém.

O livro é bem fininho e pode tranquilamente ser lido em apenas um dia. Eu recomendo para todos que gostaram da história de Raquel e querem saber sobre quem ela influenciou, mas não se deixem enganar por ele ser uma homenagem: a história é muito mais tangível e aprendemos coisas em outros aspectos. Enquanto Lygia Bojunga criou um universo fantasioso que se confundia com o real (ou foi o contrário?) Anna Claudia nos apresentas outros conflitos que cercam a vida de uma criança, como ela reage a isso e como ela supera. Vale dizer que apesar de o livro ser aparentemente infantil, por se tratar de depressão podem ter algumas cenas mais impactantes pra quem ler, dependendo de sua visão obre a mesma. 

*Leitura mais que recomendada para os participantes do Eu Leio Mulheres!

Uma bolsa pra guardar desejos #EuLeioMulheres


Nome: A Bolsa Amarela
Autora: Lygia Bojunga
Ano: 1996
Páginas: 140
Idioma: Português
Editora: Casa Lygia Bojunga






Raquel é uma menina muito simpática que guarda consigo diversas vontades: de ter nascido menino, de ser gente grande e de ser escritora. No livro, acompanhamos sua tragediaria tentando reprimir esses desejos, que vão sendo escondidos numa bolsa amarela, presente de sua tia consumista, que compra, compra e depois dá pra família de Raquel. Sempre que chegam os presentes da tia, a família toda já vai escolhendo com o que vai ficar e ela quase sempre fica sem nada, mas uma vez, sobrou uma bolsa amarela que era grande suficiente para guardar as vontades que ela não queria que ninguém visse.

Pra ela, nascer menino teria tornado sua vida mais fácil, sem tantas restrições, e ao ser grande ninguém a impediria de nada. É essa menina sonhadora e cheia de objetivos aparentemente incansáveis, que nos apresenta um mundo real e magico, que ao mesmo tempo que pode ser visto como infantil e questionar nossos papeis e o porque de certas classificações como "x coisa é de menino, x coisa é de menina". 

Teve uma cena que me tocou muito e, acreditem, foi protagonizada por um guarda-chuva:

"Na hora do guarda-chuva nascer, quer dizer, na hora que ele foi feito, o homem lá da fábrica -que era um cara muito legal e que gostava de ver as coisas gostando do que tinham nascido -perguntou:
-Você quer ser guarda-chuva homem ou mulher?
E ele respondeu: mulher."

O homem da fabrica então fez um guarda-chuva rosa e florido (não precisava usar uma coisa tão considerada "de menina", mas eu amo rosa e gostei mesmo assim♥ se eu fosse um guarda-chuva iria mesmo querer ser cheia de flores). E logo após essa cena, Raquel confessa que também queria ter escolhido nascer menina. Foi aí que a vontade de ser menino começou a diminuir. 

Mas esse simples guarda-chuva, que talvez fosse pra ser mais uma cena falando de gênero que se encaixa na história, me doeu e muito: o meu desejo de que também fosse assim com as pessoas cresceu. Eu posso não ter vivencia no que diz respeito a isso, aliás eu me identifico com meu gênero biologico, mas isso não me impediria de gostar e muito, se todas as pessoas nascessem com corpos em seu devido gênero (biologicamente falando), sem nascer no corpo "errado" ou ter que passar qualquer transtorno por isso.

Além da menina e a guarda-chuva, temos também Afonso (inicialmente chamado de rei), um galo que já estava cansado de ter que mandar nas galinhas (pra ele, elas deveriam decidir sozinhas o que fazer, o que os donos deles não concordavam), Terrível, um galo de briga que tinha tido seus pensamentos costurados para que ele pensasse somente nisso e uma família muito cativante onde as coisas aconteciam/eram decididas em conjunto. A família, cujo Lorelai acabou se tornando amiga de Raquel, pensava que cada um devia fazer uma coisa e revesar, pra ninguém achar que estava fazendo a mesma coisa demais.

A narrativa é muito inteligente, e inspirou outras escritoras, como Anna Claudia Ramos. Não é atoa, tenho certeza de que levarei essa história pra sempre comigo. É, ela se tornou muito especial e eu confesso que eu fiquei muito mal quando acabou. 

Esse mundo mágico pra onde a Raquel me levou me marcou e emocionou tanto, que eu comecei a chorar no meio dessa resenha e o que era pra ser só mais um livro com o qual eu esbarrei nas minhas idas à biblioteca da escola, se tornou um dos meus favoritos. Essa história é um pedaço de mim agora, e eu sempre vou admirar a Lygia por ter me proporcionado um prazer tão grande ao ler este livro.

Não se deixe enganar por ele ser um livro infanto-juvenil: independente de sua idade, poderá aprender muita coisa com ele (como sempre acontecendo com os livros infantis). Preciso dizer que acho que todos deveriam lê-lo pelo menos uma vez na vida e que pretendo ler mais trezentas?

[SOBRE NACIONAIS] Entrevista: Malu Signorin #EuLeioMulheres

Maria Luiza Signorin lançará na Bienal de São Paulo o segundo livro de sua trilogia Vírus 144. Se você ainda não conhece a autora, está convidado(a) a conhecer seu trabalho.

Esta entrevista faz parte do Eu Leio Mulheres, então quero aproveitar pra dizer que teremos posts todos os dias durante esse mês, para aproveitar ao máximo o projeto.

Agora, vamos à entrevista?

As orelhas de livro que me perdoem, mas não há ninguém melhor que você para te apresentar. Conte-nos um pouco sobre a autora e mulher por trás de seus livros. O que te inspira, diverte e move?
Bom, olá! Eu me chamo Maria Luiza, mas prefiro Malu, e tenho treze anos. O que me inspira...sem dúvidas minhas experiências diárias, pode-se dizer que minha vida não é nada monótona, me divertir as pessoas conseguem com apenas uma piada sem graça, sabe aquelas que se encontra no jornal? Pois sim, sou uma pessoa eufórica. Mais uma coisa que não tenho dúvidas em responder, é que a leitura e a escrita me movem. A capacidade de viver em vários mundos, com diferentes vidas me encanta, e a possibilidade de mudar o destino dos personagens com a escrita, mais ainda!

Como você percebeu que se tornaria escritora?
Não vou mentir não, jamais pensei que me tornaria uma! Eu comecei minha carreira por apenas o hobbie de escrever pela rede social wattpad, onde criei e exclui muitos de meus trabalhos! Mas assim que comecei “Vírus 144”, eu vi que tinha que levar a sério, e quando menos percebi, já estava bombando na rede e mandando o original para várias editoras, que davam logo respostas em sua maioria positivas.

Como é ser escritora no Brasil?
Nitidamente um problema. Não recebemos o mesmo crédito e fama que os escritores internacionais, além da população brasileira ler muito pouco, o que resulta na média baixa de compra dos livros. Um grande problema, devo acrescentar.

Quais suas maiores influências? Acha que elas mudaram muito desde os primeiros escritos?
Minhas maiores influências são quatro principais, grandes nomes da literatura: Lauren Kate (Fallen), John Green (A Culpa das Estrelas), Kiera Cass (A seleção) e a minha querida autora nacional Paula Pimenta (Fazendo meu filme). Olha, eu não consigo acompanha-los muito, já que três moram em outro país e uma em outro estado, mas o que acompanho, vejo que “a-fama-não-subiu-a-cabeça”, sabe? Continuam se lembrando dos fãs, os tratando da melhor maneira possível e sempre na simplicidade!

O que você mais admira em seus personagens e o que acha mais importante para suas construções?
O que eu admiro em meus personagens é fácil! A honra! Dificilmente irás encontrar traição em meus livros, e quando encontrar, sempre tem alguma reviravolta que os deixa com “a honra intacta” novamente. Eu valorizo muito nas minhas construções, a diversidade. Nunca foco demais em um só gênero, sempre deixo dois ou mais. Por exemplo “Vírus 144”, tem Mistério, Sci-fi, Romance, etc... Diversos gêneros literários!

O que você anda lendo? Tem alguma sugestão para os participantes do Eu Leio Mulheres?
Eu tenho fases, agora estou na fase de ficção adolescente que só leio isso. Sempre me foco no wattpad, porque é de lá que saem os grandes autores, e os livros são ótimos! Tem papel e caneta? Não? Pois pegue logo que vou listar meus favoritos da rede: Antes de dizer adeus, Antes dos vinte, Bela Surpresa, Campo de férias, Dark Cinderela (Que será lançado esse ano ainda, na Bienal do Rio!), Diário de uma escrava, Insígnias, Nós não somos amigos, O erro, Os oito domínios, Psicose (Não o do mestre King, o da Andie P.), Rainha dos corações congelados (Publicado pela editara bookstart), e por último, Éramos apenas amigos. Ufa, agora acabou!
Ainda sobre isso, quais os livros que mais te marcaram e você acha que todos deveriam ler ao menos uma vez?
O livro que mais me marcou foi “A seleção”, sem dúvidas! Foi o livro que me fez entrar no mundo da literatura, e o que eu mais amo em todos os que já li, que não foram poucos! Corram para as livrarias logo! (risos)

Atualmente, está escrevendo algum próximo livro?
É mais fácil o mundo acabar do que eu não escrever algum livro! (risos), mas brincadeiras a parte, acabei hoje o segundo livro de Vírus 144, logo começo o terceiro, e também escrevo outros dois: Withless, e Snow Black. Withless é uma fantasia, reinos e criaturas mágicas sempre me encantaram! Já Snow Black, eu o colocaria em mistério, é uma nova versão do conto infantil  “A branca de neve”, de uma maneira mais sombria. Vírus 144 diferente de ambos, aborda de uma forma literária, um pensamento antigo meu: O maior erro da humanidade, é tentar se dar bem no futuro estando no presente. Fala sobre uma seleção para sobreviver a um vírus letal (Não, gente, é totalmente diferente de Maze Runner!)

Como podemos ter acesso ao(s) que já foi/foram publicados?
Bom, eu assinarei contrato agora com a “Infinito editorial”, mas ainda não há data de lançamento, mas posso dizer que surpresinhas serão esperadas na Bienal de São Paulo, onde lançarei o segundo livro da trilogia “Vírus 144”! Estou contando os dias! 
Mas por enquanto podem me encontrar pelo meu perfil no wattpad: @Angel_Dream_s (https://www.wattpad.com/user/Angel_Dream_s), e dar uma conferida nas minhas obras gratuitamente por lá! 

Muito obrigada pela entrevista, Malu! Sucesso!

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Espero vocês no próximo post, que será mais um Dica de Livro. Alguém arrisca um palpite sobre quem eu vou falar?

Dica de Livro: Carolina Maria de Jesus #EuLeioMulheres

 
"(...) em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para construir os edifícios, nós, os pobres que residíamos nas habitações coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É por isso que eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos. "
É com um dos trechos mais marcantes de Carolina Maria de Jesus, que eu anuncio o começo oficial do Eu Leio Mulheres*.

Velha conhecida das ativistas do feminismo, principalmente pelas mulheres negras, Carolina é uma escritora mineira semi-analfabeta, negra, favelada e com uma sensibilidade que desperta a curiosidade de todos que uma vez ouvem mesmo que um pequeno detalhe sobre sua vida.

Após a morte de sua mãe, mudou-se para a favela do Canindé (São Paulo) em 1947, momento em que surgiam as primeiras favelas. "Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer coisa que pudesse encontrar. Ela saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever em suas folhas." Seus primeiros escritos eram sobre seu dia-a-dia e um deles originou o livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, que foi vendido em mais de 40 países. Alguns de seus vizinhos, a maioria analfabetos, não gostavam muito da ideia de ela relatar os acontecimentos à sua volta "Você escreveu coisas ruins sobre mim, você fez pior do que eu fiz" gritou um bêbado certa vez.
“Carolina é uma escritora fundamental para entender a literatura brasileira, que é feita, em sua maioria, de autores brancos de classe média que dominavam a língua formal. Ela mostra a outra face dessa história, que passa a ser vista do ponto de vista dela, de baixo”, diz a professora Germana Henriques Pereira, da Universidade de Brasília, autora de O Estranho Diário de Uma Escritora Vira-Lata, um dos poucos trabalhos que analisam a obra de Carolina do ponto de vista da crítica literária, à reportagem da Carta Capital. 
Não limitando suas palavras à literatura, publicou também um disco, onde encontramos canções como "O pobre e o rico", "Macumba" e "Quem assim me ver cantando." 

Durante um tempo, houveram especulações e era questionado até mesmo se suas obras eram realmente de sua autoria, mas hoje vejo mesmo que em poucos lugares, a obra desta forte mulher ganhando força novamente e tenho que confessar, sempre me escapa um sorriso quando eu me deparo com algo sobre ela pela time line de uma rede social. 

Suas obras

A mais conhecida: Quarto de Despejo é um diario. Escrito dia a dia. Caderno e mais caderno cheios pela letra de uma mulher. Recheados do cotidiano autêntico, vivido. A luta pela sobrevivência como ela é, em todos os "quartos de despejo" do mundo, à margem das grandes cidades. Quarto de Despejo é mais que isso. É reportagem, é romance, é história de um grupo humano em certa época do mundo. É a voz do povo, patética, lírica, sentimental, forte e inesquecível. 
O duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal, na linguagem simples do diário de uma catadora de lixo.

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Quarto de despejo (1960)
Casa de Alvenaria (1961)
Pedaços de fome (1963)
Provérbios (1963)

Publicação póstuma:
Diário de Bitita (1982)
Meu estranho diário (1996)
Antologia pessoal (1996)
Onde Estais Felicidade (2014)


FONTE |  FONTE | FONTE | FONTE | FONTE

*Eu Leio Mulheres é um projeto que busca a valorização da mulher na literatura.