[SOBRE NACIONAIS] Entrevista com Raquel Machado

Olá meus kokoro, hoje eu quero apresentar a nova coluna do blog, Sobre Nacionais, a ideia é simples: valorizar a literatura nacional e apresentar novos (e velhos) autores por meio de entrevistas.

A primeira entrevistada é a autora parceira Raquel Machado e eu quero dizer que é uma honra falar novamente sobre alguém que representou tanto para o blog (a primeira autora a propor parceria, a confiar no blog.)

Vamos lá?

Quem é a Raquel “pessoa”, fora do universo literário?

RM: Uma pessoa extremamente criativa que adora inventar novidades, organizada ao extremo e totalmente perfeccionista talvez por causa do meu signo “virgem”, adora adquirir novos conhecimentos e compartilhar os mesmos com todos, amiga ao extremo de quem realmente me conhece, apaixonada por animais (tenho 3 cachorros em casa hoje em dia),  e pelo mundo das artes. Comecei no teatro quando tinha 7 anos, já participei de vários eventos onde nos vestíamos de personagens de histórias, já fiz parte do coral da escola e até tentei tocar bateria. Fiz aulas de dança de salão e hoje me dedico a dança do ventre. Já fiz curso de clown (palhaço) e até me meti a cuspir fogo (não recomendo...rsrs). Uma pessoa que tenta viver cada minuto como se fosse o último e aproveitar tudo que a vida tem a oferecer.

O que mais te motiva a escrever?

RM: Acho que não existe uma coisa principal que me motiva a fazer isso. Para mim escrever é um processo natural, é como sentar e pegar um livro para ler, com a diferença que, nesse eu mesma estou contando a história. Gosto muito de poder criar meus próprios personagens e meu próprio mundo, onde posso escapar um pouco da realidade e viver meus sonhos através deles. O que me deixa mais feliz e realizada é ver um leitor se envolver com minha história, de uma maneira que desperte sentimentos nele, acho que é isso que busco acima de tudo.

Quando foi seu primeiro contato com a literatura? Naquela época, você imaginou que se tornaria escritora um dia?

RM: Meu primeiro contato com a literatura foi através dos livros do Monteiro Lobato, lembro que minha mãe tinha comprado toda a coleção do “Sítio do Pica-pau amarelo” e ela sempre lia para mim. Porém, em questão de escrever, faço isso desde que me conheço por gente. Fui aquele tipo de criança que sempre tinha um lápis e uma folha na mão. Para mim escrever é um processo tão natural como respirar. Eu sei que isso é uma das coisas que carrego comigo e que nunca vou parar de fazer, a diferença e que agora estou dividindo minhas ideias com outras pessoas.

O que você acha mais importante em um personagem e o que mais gosta nos seus?

RM: Acho que a principal característica de um personagem é ele ser complexo a ponto de nos afeiçoarmos ao mesmo, sendo de uma maneira positiva ou não (quem nunca adorou aquele vilão da história?). Quando um personagem consegue transmitir suas ações e sentimentos de uma forma que mexe com o leitor, o papel do escritor foi bem cumprido, pois ele se torna tão real que sentimos como se nós mesmos os conhecêssemos. É difícil descrever o que gosto dos meus personagens, porque eles são como filhos para mim, cada um tem seus defeitos e suas qualidades, mas o que acho mais interessante e que todos conseguem me surpreender de alguma forma.

A literatura nacional vem ganhando destaque, como se sente podendo representa-la?

RM: Me sinto extremamente lisonjeada por fazer parte desse novo perfil de escritores que estão surgindo. É muito bom ver as pessoas mudando seu pensamento e vendo que “nem tudo que vem de fora é melhor do que temos aqui”. Eu mesma tinha esse pensamento há alguns anos atrás, mas hoje posso falar com todas as letras que temos muita coisa boa aqui dentro do nosso país e trabalho e torço para que possamos cada vez atingir mais pessoas.

Você acompanha o trabalho de algum autor nacional?

RM: Eu acompanho o trabalho de vários autores nacionais. Além de escritora sou blogueira e uma leitora voraz. Fico muito feliz com vários livros que tenho lido ultimamente que são de pessoas aqui do nosso país. Temos um grande potencial e talento adormecido que está despertando e tenho certeza que nos trará gratas surpresas. Recomendo a todos que não leram um livro nacional para fazer isso, tenho certeza que vocês irão se surpreender.

Muito obrigada pela entrevista!

Espero ansiosamente suas novas publicações, pra devorar vorazmente e falar um pouco (leia-se: muito) no blog. Sucesso!

RM: Eu que me sinto imensamente grata pelo convite e por poder fazer parte dessa nova coluna do seu blog. Te desejo muito sucesso e só tenho a agradecer até o momento por todo o apoio.